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Professores ameaçam parar atividades a partir de setembro
Os professores da rede estadual de ensino querem parar as atividades em setembro. O movimento de paralisação está sendo articulado na base da categoria, onde os professores alegam o não pagamento da data-base, não reposição salarial da inflação em 4%, não pagamento do piso nacional de R$ 1.320,85. O movimento será feito à revelia da direção do Sinte/PI. Segundo dados dos professores, existem 450 mil alunos matriculados na rede estadual. A Secretaria Estadual de Educação tem 40 mil servidores na capital e interior.
Os professores João Landim Neto, coordenador do grupo Dever de Classe, e a professora Hosana Marques, estiveram na redação do DIÁRIO DO POVO , onde informaram que a categoria está se articulando para parar as atividades da Educação no mês de setembro.
"Nós estamos vivendo um momento de arrocho. Os salários estão corroídos e os professores estão com os salários empenhados em empréstimos consignados. Nossa data-base é em maio e o Governo não repôs a inflação em 4%".
O Governo alegou a questão eleitoral, que teria proibição pelo período eleitoral. Procuramos um jurista e não tem relação entre o pagamento da data-base, prevista anteriormente, e a questão política", explicou o professor João Landim Neto.
Ele reclamou ainda que os professores têm altos descontos como o Iapep, Plamta, previdência, taxas do Banco do Brasil e recebemos os contracheques praticamente zerados. "Lamentamos o peleguismo da presidente do SINTE/PI. A categoria está revoltada. Exigimos do Sinte que convoque assembléia para agosto para suspender o ano letivo até que Governo pague a data-base. A Odeni não cumpriu, marcou assembléia para 16 de setembro e divulgou um calendário de atividades sociais do Sindicato, só de festa, e não tem nem aí para a categoria", disse Landim Neto mostrando um cartaz com a programação de festas que serão realizadas na sede social do SINTE/PI.
A professora Hosana Marques disse que todos estão revoltados com a situação e querem suspender o ano letivo. No dia 16 de setembro haverá uma paralisação, com concentração no Liceu Piauiense e uma caminhada até a frente do Palácio de Karnak. "Essa paralisação deveria ter acontecido há 47 dias. A presidente disse que a data-base seria apenas para 2011 e a de 2010, cadê? A categoria não aceita isso", comentou revoltada.
A categoria ainda reclama o pagamento do piso nacional de R$ 1.312 para um turno."O Governo paga R$ 512. R$ 2,00 acima do salário mínimo. Os professores não conseguem nem ir para o trabalho, afundados em empréstimos. Bateu um desespero total.
Fonte: Diario do povo
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